Inovação e partilha em destaque no Encontro SPFCS Vamos Falar
26 outubro (tarde)
Masterclasses
Masterclass 1 – Medicamentos essenciais e críticos: circuito e fundamentos
Esta masterclass abordou os desafios no circuito do medicamento em contextos de crise, como pandemias e conflitos geopolíticos, destacando o papel do farmacêutico como agente de proteção civil. Henrique Nogueira apresentou as estratégias europeias para reforçar a resiliência no acesso a medicamentos essenciais, enquanto Francisco Sampaio explorou soluções práticas, como o desenvolvimento de antídotos e o papel da água como ingrediente farmacêutico. A sessão terminou com uma componente prática, reforçando competências técnicas para atuação em cenários de escassez e emergência.
26 outubro (manhã)
Manhã de Conhecimento e Partilha no VIII Encontro SPFCS “Vamos Falar”
O segundo dia do Encontro iniciou-se com a sessão Back to Basics, onde foi apresentado o estudo da SPFCS “Ensino pré-graduado das Ciências Farmacêuticas em Portugal: análise crítica à luz da versão consolidada da Diretiva 2005/36/CE”.
Uma reflexão profunda sobre o presente e o futuro da formação farmacêutica, seguida de um debate aberto e participativo, onde se partilharam ideias e propostas de evolução do ensino em Portugal. 🎓💬
Seguiram-se as sessões “A Caminho de Marte”, dedicadas à inovação terapêutica e a intervenção do farmacêutico na transformação dos cuidados de saúde:
🧬 Terapêutica long-acting para o VIH, uma nova abordagem que promete melhorar a adesão e simplificar os esquemas terapêuticos (com o apoio da ViiV Healthcare);
💉 Cancro urotelial, onde foram apresentadas novas oportunidades terapêuticas, nomeadamente a Enfortumab vedotina, reforçando o avanço da medicina de precisão (com o apoio da Astellas);
⚗ Hipoparatiroidismo crónico, com uma visão inovadora que ultrapassa os limites da terapêutica convencional e redefine o conceito de sucesso clínico (com o apoio da Ascendis Pharma);
🌸 Cancro da mama precoce, destacando o papel determinante do farmacêutico na equipa multidisciplinar e na gestão de terapias-alvo como o Ribociclib (com o apoio da Novartis).
Uma manhã de ciência e partilha, onde a evidência clínica e a reflexão crítica se uniram para inspirar novas formas de cuidar. 💡💊
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A análise crítica do ensino pré-graduado das ciências farmacêuticas iniciou a manhã de domingo do Encontro SPFCS Vamos Falar.
Hugo Freire e Bruno Sousa recordaram os primeiros passos dados pela SPFCS na discussão do tema da harmonização da legislação portuguesa com a da União Europeia (UE). A Diretiva da UE pretende reforçar a vertente clínica, tecnológica e regulatória do ensino de ciências farmacêuticas, bem como a requalificação do ato farmacêutico.
No novo quadro legislativo, o medicamento assume-se como o eixo estrutural da atividade farmacêutica.
Perante este quadro, a SPFCS elaborou um estudo para procurar responder à questão “Estará o ensino pré-graduado a refletir esta mudança?” (Ler principais conclusões AQUI).
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25 outubro (tarde)
Dar voz aos farmacêuticos, a atuar em diferentes contextos dos Cuidados de Saúde, foi o mote para a tarde do primeiro dia do VIII Encontro SPFCS “Vamos Falar”. A sessão promoveu a partilha de experiências, desafios, boas práticas e sonhos, revelando a diversidade e a pluralidade dos Serviços Farmacêuticos em áreas muitas vezes pouco visíveis.
Susana Daniela Henrique dos Santos apresentou a intervenção dos farmacêuticos no INEM, sublinhando a importância da atuação farmacêutica na garantia da disponibilidade, segurança e eficácia dos medicamentos e dispositivos médicos destacando a complexidade logística da gestão de medicamentos em situações críticas.
Patrícia Martins deu a conhecer o trabalho dos farmacêuticos no SNS24, sublinhando a importância da triagem, aconselhamento e encaminhamento dos utentes. Referiu a dificuldade no acesso a todos os algoritmos clínicos, o que pode comprometer a eficácia da atuação dos farmacêuticos e a sua plena integração nas equipas de atendimento.
Paula Martinho, do Laboratório de Saúde Pública da ULS da Guarda, abordou a vigilância epidemiológica e a ação laboratorial na proteção da saúde pública. Sublinhou a atuação do farmacêutico na monitorização da qualidade da água, alimentos e ambiente, bem como na deteção precoce de surtos e apoio à decisão em saúde pública, reforçando a sua relevância na prevenção e controlo de riscos para a população.
Francisco Sampaio apresentou o trabalho desenvolvido na Farmácia Militar, com especial destaque para o Laboratório Nacional do Medicamento (LNM). Descreveu a missão desta unidade na produção de medicamentos e produtos de saúde salientando a importância da manutenção de reservas estratégicas nacionais e europeias, da garantia da qualidade e segurança dos medicamentos produzidos, bem como a forma como o farmacêutico atua nas áreas de investigação, desenvolvimento e controlo analítico.
João Paulo Cruz, da ULS de Santa Maria, encerrou a sessão com a apresentação da experiência da Unidade de Avaliação Custo-Efetividade num Serviço Farmacêutico. Destacou a intervenção do farmacêutico na análise económica de tecnologias de saúde, contribuindo para decisões clínicas e de gestão mais sustentadas. Referiu a utilização da plataforma PharmOutcomes como ferramenta de suporte à avaliação do impacto clínico, económico e organizacional, permitindo uma monitorização mais eficaz dos resultados em saúde e reforçando o valor da intervenção do farmacêutico nos cuidados prestados.
A tarde foi marcada, ainda, por testemunhos autênticos, que revelaram não só os desafios enfrentados, mas também as “pérolas” e os sonhos que movem os profissionais dos Serviços Farmacêuticos. Um verdadeiro reconhecimento da diversidade, competência e resiliência da profissão farmacêutica.
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25 outubro (manhã)
A opinião dos participantes
Luís Glória destaca a partilha de experiências entre farmacêuticos para a melhor prestação de um serviço integrado, e Annabelle Silva valoriza a participação de farmacêuticos de todas as áreas de atividade enquanto mais-valias da presença neste Momento SPFCS. #CumpriSPFCS
Na conferência de abertura, o físico e professor Carlos Fiolhais desafiou-nos a pensar a atuação da ciência na compreensão do mundo — e a reconhecer que o pensamento científico e o pensamento religioso podem coexistir, ainda que por caminhos distintos.
Uma intervenção envolvente, com um espírito crítico e motivador, que recordou a todos os presentes que a curiosidade, o questionamento e o humanismo são a essência do progresso científico.
Seguiram-se as sessões A caminho de Marte, onde se partilharam avanços terapêuticos e inovações em oncologia e imunologia, com o apoio dos nossos parceiros, reforçando a importância da colaboração entre ciência, indústria e prática clínica: resultados do estudo AMPLIFY sobre Pembrolizumab; Avanços terapêuticos em oncologia, com foco no Pirtobrutinib e Abemaciclib; O papel transformador da abordagem à inflamação T2.
Uma manhã que reforçou o compromisso da SPFCS, o futuro dos cuidados de saúde se constrói com ciência, diálogo e colaboração.
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Principiou o VIII Encontro SPFCS “Vamos Falar”, no Vimeiro: dois dias de partilha, inovação e humanismo para farmacêuticos, com conferências, debates e a inspiradora Odisseia do Conhecimento.
