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Hemoderivados: os medicamentos derivados do plasma salvam vidas!

Realizou-se ao longo do dia 14 de dezembro, no Luso, a componente presencial do III Curso Intensivo SPFCS sobre Hemoderivados.

14 dezembro 2024 (tarde)

Durante as sessões da tarde, foi abordado o tema das alternativas terapêuticas e da gestão de escassez de hemoderivados. Um tema que apesar de não ser novo, continua atual e a ser preocupante no cenário de instabilidade mundial que hoje vivemos.

A diminuição do número de dadores e o aumento da necessidade contínua de hemoderivados coloca aos médicos, aos parceiros da indústria farmacêutica e aos farmacêuticos, desafios constantes.

A reserva nacional de sangue está atualmente abaixo do habitual e diariamente, os hospitais portugueses precisam de várias unidades de sangue, para dar resposta às necessidades dos doentes. O maior número de cirurgias, o maior número de terapêuticas oncológicas, o maior número de acidentes de viação, entre outras situações, implicam um maior gasto destes medicamentos e, apesar das atuais estratégias e programas de gestão de sangue, o resultado continua a não ser o desejável.

Foram várias as questões colocadas em cima da mesa, num painel que desafiou os presentes a pensar e a propor alternativas para atuar nesta questão de escassez.

De que forma pode o enquadramento legal ser alterado. E na Europa? Como está a Europa a lidar com esta escassez? Poderá haver alguma atitude por parte dos governos para a consciencialização desta situação, uma vez que continuamos dependentes de dádivas de países estrangeiros. E se as dádivas fossem pagas? Resolveria a situação? Ou a solução não passa por esta proposta discutível?

A dádiva de sangue é um ato de altruísmo e aquilo que somos e temos enquanto indivíduos não tem preço.

No segundo painel da tarde, novas estratégias terapêuticas para o tratamento desta doença foram colocadas como alternativas aos hemoderivados. O que se sabe? O que falta saber? Quais os impactos que estas novas alternativas podem introduzir?

Hereditária, crónica, rara e sem cura, a hemofilia tem ganho novas perspetivas graças à pesquisa genética. Os avanços nas opções de tratamento da hemofilia melhoraram significativamente a vida dos indivíduos que vivem com esta condição. Desde a terapia tradicional de substituição de fatores até à terapia genética de ponta e às terapias de substituição sem fatores, existem agora mais opções do que nunca para gerir eficazmente a hemofilia. É necessário, no entanto, uma rigorosa monitorização do sistema imunológico. É necessário perceber de que forma estes novos medicamentos vão obrigar os profissionais a alterar o seu foco de monitorização dos doentes face a terapêuticas muito específicas.

Com um conhecimento mais profundo surgem ao farmacêutico novos e maiores desafios e novas e maiores responsabilidades. Temos de estar à altura destes novos desafios. Este III curso intensivo SPFCS sobre Hemoderivados capacitou os farmacêuticos para os novos desafios que se nos colocam.
Cumpriu-se a SPFCS!

14 dezembro 2024 (manhã)

Na primeira sessão da manhã, foram abordados temas como os princípios éticos aplicados às transfusões, a utilização de componentes sanguíneos noutras funções, como em selantes tópicos, e o grande desafio da disponibilidade dos hemoderivados a nível europeu, que passa por incentivar as dádivas de plasma e a implementação de programas nacionais do seu fracionamento, mantendo sempre a vigilância em todo o seu processo.

O Luso acolhe a terceira edição do Curso Intensivo SPFCS Sobre Hemoderivados, que se destina dar a conhecer aos farmacêuticos o processo global dos medicamentos hemoderivados. Antes deste evento presencial, os participantes tiveram, durante dois meses, uma formação e-learning que proporcionou uma base sólida de conhecimento teórico sobre o todo o circuito global dos hemoderivados desde a dádiva de plasma até à sua utilização.

O Programa de Gestão do Sangue foi o tópico da sessão seguinte. Este programa passa por uma abordagem abrangente para otimizar os resultados dos doentes que podem necessitar de transfusão de sangue. Melhorar os resultados dos doentes pela conservação e otimização do próprio sangue do paciente, minimizando a necessidade de transfusões e garantindo que qualquer transfusão realizada seja apropriada e segura, é o objetivo deste programa. Nesta sessão foi possível conhecer as realidades das diferentes instituições de saúde e discutir estratégias para a otimização na utilização de transfusões sanguíneas que o objetivo final de obter um processo transfusional seguro com benefício para o doente.

Os desafios colocados na gestão do processo de aquisição de hemoderivados foi outro tema abordado. A aquisição centralizada destes medicamentos está sujeita ao regime de contratação pública regulamentada por leis e despachos específicos definidos pelas autoridades de saúde. A regulamentação e supervisão destes processos são fundamentais para garantir a segurança, eficiência e transparência na aquisição de hemoderivados, contribuindo para a sustentabilidade do sistema de saúde. Foi referido, ainda, a intervenção fundamental do farmacêutico na aquisição de hemoderivados, garantindo a segurança, a eficácia e a qualidade destes medicamentos centralizando-se nas necessidades dos doentes e fazendo a ponte entre a clínica e a gestão.

Formar farmacêuticos de excelência é o compromisso da SPFCS!

As sessões presenciais do III Curso Intensivo SPFCS sobre Hemoderivados está prestes a começar, no Luso. Após a sessão de abertura, Dialina Brilhante aborda o tema das bases conceptuais do plasma.

O III Curso Intensivo SPFCS sobre Hemoderivados é um momento de aprendizagem sobre os derivados do plasma e como estes medicamentos salvam vidas. Recorde-se que, em Portugal, as dádivas de sangue são voluntárias e gratuitas.

Acompanhe este dia de intenso trabalho nas redes sociais da SPFCS ou em www.spfcs.pt.